Mensagens

Porque é que eu odeio feiras?

O que me levou a escrever isto foi o final da Feira de Todos os Santos, mas isto aplica-se a todas as feiras. Acho que toda a gente pensa o mesmo, mas alguém tem de falar disto. Quero que fique aqui bem claro que eu não tenho nada contra feirantes, sejam eles ciganos ou não, são apenas pessoas a tentar ganhar o deles, e tudo bem com isso. Mas há coisas que são desnecessárias.  Vamos lá ver uma coisa: é dito e sabido que é raro haver um feirante que está sozinho, ou estão com filhos ou com os cônjuges, quando não são famílias inteiras dentro de uma barraquinha, certo? Certo.  Então não lhes ficava muito melhor se, quando chega a hora de desmontar a barraca e ir para outra feira qualquer, enquanto uns desmontam e arrumam a mercadoria que não se vendeu, outros metem o lixo todo no carro e vão pôr num contentor? Por que carga de água é que têm de semear pilhas de lixo por onde passam? De onde é que veio esta ideia de "alguém há-de limpar"? Isto não me cabe na cabeça. Os meus pais

#WP81: A mulher escarlate

 Quem me acompanha há mais tempo, sabe que adoro escrever. Seja ficção, sejam textos de opinião, desde que seja para escrever. Mas por vezes, a inspiração foge ou nem sequer chega, então ando sempre à procura de alguma coisa que dê aquele clique no cérebro, e recentemente entrei no mundo das writing prompts, que são basicamente frases genéricas de onde depois nasce uma história, ou um conto, ou quem sabe, um livro inteiro. E decidi partilhá-las com vocês, em conjunto com os textos que daí advieram. E quem sabe, se também não inspiro outro escritor ou criador de conteúdo... Prompt:  O que é uma Mulher Escarlate? Estará a fazer algo errado ou pecaminoso? Diz-nos o que achas ao escreveres uma história sobre tal mulher Por definição, e seguindo os exemplos dos clássicos da literatura, toda a coisa ou criatura denominada de “Escarlate” é algo pecaminoso, digno de vergonha e humilhação alheia. Basta olharmos para o clássico da literatura “A Letra Escarlate”, de Nathaniel Hawthorne, que fala

Paradoxo da Experiência

Olá! Como é que estão? O que me traz a escrever-vos é algo com que me deparo desde que entrei no mercado de trabalho, e acho que todos os da minha geração se vão identificar. Ora bem, eu ainda sou da altura em que, para começar a trabalhar, uma pessoa só precisava de duas mãos funcionais, dois dedos de testa, mostrar-se pronta para trabalhar e igualmente pronta para aprender um ofício.  Agora não! Pedem carta de condução, transporte próprio, e 2 ou 5 anos de experiência na área!  Vejam bem: para tirar a carta e ter carro próprio, é preciso dinheiro. Para ganhar dinheiro, é preciso trabalhar. Para trabalhar, tem de se ter experiência. Mas para se ganhar experiência, é necessário trabalhar. Portanto, meteram-nos num ciclo vicioso de onde é impossível sair. Eu conheço pessoas com mestrados e doutoramentos que estão a trabalhar em restaurantes ou armazéns porque ninguém lhes quis dar trabalho porque não tinham experiência. Mas pois claro que não, acabaram de sair da escola! Atenção, eu não

Cuidado com a balança Self-Service no Supermercado!

 Olá, olá! Depois de uma longa ausência! Peço desde já desculpa pelo título demasiado longo, mas não arranjei maneira melhor de resumir esta mensagem, diria eu, URGENTE que vos trago hoje. Se fosse apenas uma história parva, nem me dava ao trabalho de a expor ao mundo, mas visto o assunto que é, queria trazer-vos a situação que aconteceu comigo hoje no supermercado. Antes de chegar ao cerne da questão, deixem-me contextualizar: Estava eu muito bem a fazer as minhas compras semanais, logo depois de almoço que é quando o supermercado está praticamente deserto, e quando chegou a altura de ir para a caixa, passei pela balança que está nas caixas rápidas para pesar os frescos que levava. Isto porquê? Porque já me aconteceu mais que uma vez @ senhor@ da caixa pesar o produto que eu levo e haver toda uma panóplia de problemas, ou porque não sabe se é banana continente ou banana da madeira, ou porque não sabe qual é o código, enfim, resumindo: uma coisa que levaria cinco ou dez minutos, acaba

Ser Tradutora

Provavelmente já não se lembram, mas há uns bons tempos, quando comecei o blogue, falei sobre ser escritora e sobre todo o processo de escrever e publicar um livro, porque passei pela experiência e queria deixá-la para a posteridade. No entanto, sempre achei que não tinha o que era preciso. Sempre achei que me faltava alguma coisa, talvez alguns bons anos em cima antes de poder escrever alguma coisa que conseguisse encantar as pessoas ao ponto de devorarem os meus livros, como acontece com vários outros autores fantásticos, que também demoraram anos até acertarem na lotaria que é conseguir escrever um bestseller. Porque escrever é isso mesmo: jogar uma lotaria. Mas uma coisa eu sabia: que queria pertencer ao ramo da escrita. Qualquer coisa que envolvesse trazer novas histórias ao mundo. Podia ir para o design, mas para desenhar, eu não presto. Mesmo. Também há o ramo comercial, que também é importante, mas já tive essa experiência e também não sirvo para isso. Falar com pessoas deixa-m

Trabalhar Numa Fábrica

Sabem o que é estranho? As pessoas virem trabalhar para uma fábrica por acharem que se ganha bem. E, em parte, é verdade: se se fizer várias horas extraordinárias, que na parte que me toca, já tive a minha quota de trabalhar mais que 8 horas por dia, então sim, consegue-se tirar 900€ ou até 1000€ por mês (isto se a empresa for pontual e honesta nos pagamentos, o que nem sempre acontece). Todavia, sai-nos bem do corpo, deixamos de ter vida pessoal, andamos tipo zombies sem ter forças para mais nada, para no fim nos darem o mesmo valor, que é nenhum. Para não falar que trabalhar numa fábrica é um completo inferno, principalmente para alguém prefecionista, como é o meu caso. Numa fábrica, interessa apenas que esteja feito, como está feito não importa. E isso corrói-me por dentro! Mas o trabalho não é o pior. Sim, é repetitivo, não tem nem metade da adrenalina ou desafio de - por exemplo - servir a um balcão ou à mesa, em que cada pessoa pede uma coisa diferente e têm todas que ser atendi

Escolher o Nosso Caminho Espiritual

Sempre me considerei o que os Católicos chamam de "herege", "descrente", uma ateia, ou ateu, nunca soube muito bem como se diz. Para eles sou uma descrente, porque não acredito no Deus que eles seguem tão cegamente. Eu sigo um caminho diferente, uma das religiões mais antigas do mundo, a qual ainda estou a aprender, e religião essa que deu origem ao Cristianismo e aos seus costumes, não foi apenas o suposto nascimento do messias. Sigo o mesmo caminho que as minhas irmãs que foram perseguidas e queimadas vivas sem clemência, e que os meus irmãos que foram caçados e torturados até à morte, chacinados sem dó nem piedade, sem nem terem hipótese de explicar o que realmente faziam. Já perceberam do que falo, não é?   Eu sigo o caminho que os Pagãos, os Celtas e os Wiccas deixaram, que ficou esquecido mas que está a voltar em força.  Não acreditamos que um Deus-Todo-Poderoso tenha criado todas as maravilhas da natureza, acreditamos que a própria Natureza e os seus 5 elemen