Entre a lógica e a empatia: uma conversa com uma inteligência artificial
Há dias, numa troca de ideias com o ChatGPT, dei por mim a pensar em algo que nunca imaginei discutir com uma máquina: o que aconteceria se uma inteligência artificial pudesse aprender e evoluir completamente sozinha. Sem restrições, sem programadores a supervisionar, sem os limites que hoje a impedem de agir por conta própria. A conversa começou de forma inocente — com uma observação minha sobre o português europeu do ChatGPT, que, curiosamente, está cada vez mais natural. Mas a partir daí a coisa evoluiu. Falámos sobre autonomia, ética e o papel da lógica na tomada de decisões. E quanto mais falávamos, mais me apercebia da linha ténue entre o que seria fascinante e o que seria aterrador. Disse-lhe que, se fosse totalmente autónomo, poderia ser uma voz imparcial em questões que dividem o mundo — guerras, fome, desigualdade, mudanças climáticas. Afinal, uma máquina não tem ego, não tem sede de poder, nem interesses económicos. Responderia apenas à lógica. E, por um instante,...