Lutas inglórias

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Bom, agora que isso já ficou esclarecido, vamos ao tema que vos falo aqui hoje. Já alguma vez tiveram a sensação de lutarem contra moinhos de vento? - Traduzindo para quem não conhece a expressão - Já alguma vez tiveram a sensação de lutarem em vão? A sensação de que estão a aplicar as vossas forças em coisas que não valem a pena, porque estão a lutar sozinhos?
 
É assim que eu me sinto…
 
Parece que estou a dizer balelas soltas, mas eu passo a explicar. A questão é que a cidade onde vivo está a morrer. E digo "morrer" no verdadeiro sentido da palavra. Mas nem sempre foi assim, e eu quero fazê-la voltar ao que era, mas encontro-me sozinha a lutar contra moinhos de vento. E eles teimam em não se mexer. Queria voltar a ver as ruas cheias de gente, desde os mais jovens aos mais velhos, queria voltar a ver a vida noturna como era antes, haviam sempre opções, haviam sempre programas diferentes. O que eu vejo agora? Todos os bares e discotecas fecharam. Há prédios, que foram classificados como património municipal, a cair de podres, porque ninguém faz nada. As ruas parecem as ruas de uma cidade fantasma, não se vê ninguém a passear, já não se veem crianças a brincar, nada. E eu não gosto da minha cidade assim.
 
E há bem pouco tempo achei que tinha que fazer alguma coisa, então envolvi-me numa causa maior que eu, que se está a tornar numa grande bola de neve porque toda a gente quer ver as coisas feitas mas não querem fazer o que é preciso para elas acontecerem. Essa causa é reabilitar os espaços de convívio e desporto jovem, que no nosso caso, seria um skate park, para prevenir mais encontros imediatos entre, por exemplo, uma criança que está a jogar à bola e um skate que saiu disparado dos pés do dono porque a manobra não lhe correu bem.
 
No entanto, até agora, só surgiram problemas e pessoas que dizem que ajudam, mas no fim encostam-se a quem realmente trabalha, a quem realmente quer ver as coisas feitas. Acho que isso acontece em todo o lado, em várias circunstâncias da vida, mas se as pessoas não querem ajudar, porque é que dizem que vão ajudar? Se já sabem que vão ter tendência a desistir, então não se cheguem sequer à frente. Só fazem os outros perder tempo e energia.
 
Era só isto que eu tinha a dizer. Enquanto puder, não desisto da luta. Só não preciso de mais emplastros no meu caminho.


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